Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

o verão paulistano

capítulo 2: feliz (...)

Escravos cotidianos da rotina irreal de lógicas inaxatas, humanidade de merda. Consola-se com poucas moedas transfiguradas em unidades materiais que perdem-se em unidade de tempo já postas e já retiradas.

And even I remains.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Capítulo de oito anos: a vegetariana que vendia carnes

Há sete anos atrás decidiu que não ia mais comer carne vermelha. Nunca havia gostado do sabor e também achava que não iria sentir falta. Começou a achar aves repgnantes quando mortas, pois imaginava nas suas carnes putrefatas , cozidas e suculentas uma galinha pomposa e feliz, cacaerjando e comendo seu milho. Desde então, intitulou-se vegetariana por não comer tais carnes. E ai? Comia peixe e gostava.. claro... herança de família, sabia fazer os bolinhos de bacalhau, sopas e outras cositas mais. Continuava chamando-se vegetariana pra que não ficassem-na questionando: "mas você não come carne por que defende os animais?". Não, é porque não gosto mesmo. No fundo, óbvio que achava um absurdo consumo excessivo de mamíferos. Mas, por pura preguiça, o rótulo "vegetariana".

E num emprego que pegou porque precisava vendeu carne de natal embalada com lacinhos perfumados. Teve gente que comprou mesmo dizendo que era bixo modificado geneticamente, mesmo falando que era bixo demais pra mesa fraca de família. Pois é... 24 de dezembro é uma data meramente comerciável.


(Da série: desengavetando os sentidos)

sábado, 13 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

Enfim,

Conseguimos sobreviver às realidades turvas do saber
de pedras pontiagudas do viver
e em sonhos quebrados entender
que o que importa é ser,

Ser e estar,
continuar, persistir, voar,
manter, guardar e compreender,
trabalhar, estudar, amar e viver.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Existencialista

Cicatrizes

Tatuo nos braços
Abraços de homens tantos

Enlaço em camas
De lençóis alheios aos meus prantos

Retiro os sapatos
esperando os retornos
E canto.

Entre sussurros ausentes
Amores líquidos,
arrasam
quase evaporam
e congelam
nestes tempos derretidos.



>> Um dos meus poemas mais tristes e o único que li para desconhecidos, numa noite de bêbados poetas, atores, vadios, bêmios, perdidos, blues e vinho... há meses atrás...>>


Pra quem vive num mundo de sonho, é legal ler coisas que fazem pensar sobre a passagem inexorável do tempo e como o ser humano é estúpido em tudo o que faz... Viver no onírico significa fechar os olhos e sentir tudo profundamente. É não ter expectativas com Nada, mas assumir a incoerência do "Destino" e "rumo da vida" e caminhar com os pés descolados... Uma RODA-GIGANTE!
Há coisas na vida sem resolução; Há mais pessoas vazias do que pensantes; Há mais hipocrisia do que fraternidade; Há mais interesses do que abraços...


Sartre dizia:

(sua personagem da Naúsea dizia aos 30 de janeiro de 1932, enquanto acontecia a Revolução Constitucionalista por aqui... mentira... enquanto o facista do Vargas sentava em seu troninho)

"Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começos. Os dias se sucedem aos dias, sem rima, nem solução: é uma soma monótona e interminável. De quando em quando se procede a um total parcial, dizendo: faz tantos anos que (...)"


"Nesse tipo de estado de espírito em que se deixam passar os acontecimentos sem vê-os."

"Acho que fui eu que mudei: é a solução mais simples. A mais desagradável também. mas enfim tenho que reconhecer que sou sujeito a essas transformações súbitas. O que acontece é que penso muito raramente; então, uma infinidade de pequenas metarmofoses se acumulam em mim, sem que eu me dê conta, e aí, um belo dia, ocorre uma verdadeira revolução. Foi isso que deu à minha vida esse aspecto vacilante, incoerente".