Olha, os ponteiros dizem adeus
até logo, como vai, vou, vem, até mais.
Dizem até já vai, já vou.
E se não vai, se não vou
os ponteiros continuam a dizer adeus até mais
do que nunca mais
(Da série: Desengavetar os sentidos)
"Para não ser um desses escravos martirizados pelo Tempo, embebede-se, embebede-se sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha." C. Baudelaire.
Henri T. Lautrec

Suzanne Valadon
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terça-feira, 19 de maio de 2009
sábado, 16 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
A pomba
Estava andando de bicicleta de madrugada quando vejo um cão entretido com alguma carniça. Logo, eu abaixo a velocidade para não atropelá-lo. Ele, apaixonado pelos miolos podres da pomba que horas antes haviam grudado no asfalto, saiu correndo num átimo, como se estivesse a fazer algo errado. Tentei chamá-lo, docente, com o intuito de explicar que eu entendia a sua fome e seu desespero naquele faro e gosto putrefato... Mas, meu chamado de nada adiantou e o cão saiu encolhido, partindo pela diagonal em direção a calçada. Sem querer, atrapalhei sua janta. A pomba, ou o que restava dela, continuou a decorar o negrume da rua... Se não fosse por mim e por minha bicicleta haveria apenas uma frágil ossada e um montinho de penas com algumas lêndias e piolhos. Jaz ali, alguns órgãos, ainda.
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