Ele pintava com traços que beiram a loucura - a loucura de se estar vivo. Em sua obra permanece a loucura da vida, a emoção febril de viver e sentir que se vive. Suas cores fortes arrematam na minha alma um certo despertar de sonho e ao mesmo tempo inebriam de tal forma que me perco em cada traço de estrela ou fronte.
Quem sente o "horrível fardo do tempo" carrega nas costas e em todo corpo, a responsabilidade da hiper-sensibilidade, a terrível doença que pune a lucidez. Vicente de Gogh retirou sua orelha. Desconheço como... Sentir é realmente um dom do mal. Sentir realmente cobre o raciocínio e cega os sentidos.
O movimento das formas de seus quadros são estritamente belos e percebe-se o tonel emotivo colado em cada obra. A luzes do céu noturno é a essência dos andantes da madrugada. Elas estão desfocadas o sufiente para preencher o céu com lado irreal da vida.
Eis a versão noir do pintor, a propaganda avessa que existe hoje nas caixinhas de cigarro.
(van gogh, 1885-86, skull of skeleton with burning cigarette)
"Para não ser um desses escravos martirizados pelo Tempo, embebede-se, embebede-se sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha." C. Baudelaire.
Henri T. Lautrec
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sexta-feira, 6 de março de 2009
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