Nada mais triste do que um blues triste. Se é verdade que não dá pra fazer um samba alegre sem um pouco de tristeza, tenho certeza que a instância do blues no sambista está mais do que imersa.
O delírio maior da tristeza está naquela vertigem da perda. E se lhe tiram o chão, abruptamente? Rancam o tapete dos teus pés e não há mais chão? Que fazer?
Inconscientemente, feche os olhos e mergulhe na própria inconsciência. Porque se lhe tiram o real, flua no que lhe sobra, então.
Mas, se a vertigem é a sensação de alcance do céu, então aquilo que é preso no inconsciente liberta os pés numa espécie de plenitude, não naquele precipício momentâneo.
E, se vem a aurora, celebre. E se não houver luz, nem aurora, abra a janela e respire um blues...
Dedicado a John Lee Hooker e a escala pentatônica
O delírio maior da tristeza está naquela vertigem da perda. E se lhe tiram o chão, abruptamente? Rancam o tapete dos teus pés e não há mais chão? Que fazer?
Inconscientemente, feche os olhos e mergulhe na própria inconsciência. Porque se lhe tiram o real, flua no que lhe sobra, então.
Mas, se a vertigem é a sensação de alcance do céu, então aquilo que é preso no inconsciente liberta os pés numa espécie de plenitude, não naquele precipício momentâneo.
E, se vem a aurora, celebre. E se não houver luz, nem aurora, abra a janela e respire um blues...
Dedicado a John Lee Hooker e a escala pentatônica
(Da série: desengavetar os sentidos)
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