"Para não ser um desses escravos martirizados pelo Tempo, embebede-se, embebede-se sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha." C. Baudelaire.
Henri T. Lautrec
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quarta-feira, 29 de julho de 2009
muito obrigada
O poeta dentro de mim tirou longas férias e não disse pra onde foi. Deve ter se jogado em alguns ares por aí, voando por cima dos oceanos que nunca vi. Deve ter se cansado dos meus rebanhos sem sentidos, de uma falta de clareza de seu destino. Na real nunca parei pra trocar idéia com ele. Só o tinha sentado, fumando charuto e observando os poucos da tabacaria. Meu poeta estava sempre mergulhado dentro de um universo de papéis de diversas origens e tintas amassados e rejeitados... Meu poeta teve muitas amantes e foi feliz com várias. Mas no seu quarto o lençol ficava sempre vazio e também ameaçava deixar o colchão. Os montes de sua poesia cobriam todo o lixo de madeira e derramavam pelo chão, ultrapassando o batente da porta. A cortina azul-escura sempre aberta o convidava a sair, nos poucos momentos que ele conseguia respirar. Mas ele não está mais aqui comigo. Sabe-se lá onde foi... Foram pouco mais de 20 anos de intensa companhia e ele se foi, sem rimas babacas nem um tchau dramático. O último bilhete que ele me deixou foi algo sobre metáforas, que são um exagero pras coisas pífias que minha mente inventa. Pena, nem um muito obrigada pude lhe dizer.
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O problema de sair do meu blog e ir direto pro seu como eu acabaei de fazer agora é que eu fico meio cego, hahaha.
ResponderExcluirA poetisa dentro de mim (que sempre está vagando por aí) bate à minha porta quando estou dormindo nos braços da roteirista dentro de mim. Ou da diretora. Ou da musicista. Ou da boêmia. Enfim...