Nos dias em que ao levantar o estômago já está na boca, sem que seja resultado de um porre, há que se preocupar.
De longa data algo lhe incomoda, já tem raízes e uma espécie de cola que gruda qualquer tipo de insatisfação. O grande monstro feito de colagem (de quilos de papéis rabiscados e amassados) preserva-lhe as roupas, rugas e o grande vazio. Havia um ser dentro de você ele já foi embora. Não há mas ninguém. (Seria a ausência de si mesma?)
Livre de consciência, na despreocupação do F.
Talvez seja o desejo apenas de abrir asas, mas ser frágil demais para suportar a grande altura...
"Para não ser um desses escravos martirizados pelo Tempo, embebede-se, embebede-se sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha." C. Baudelaire.
Henri T. Lautrec
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sexta-feira, 21 de maio de 2010
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