Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

quarta-feira, 25 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

Perpétua Pandora

Existo.
Isto, mesmo que não me veja nunca.

Se sensível na retina tua
uma única vez
a permanente lembrança perpetua.

Se nunca me sentido,
não há sentido
nem direção
pra existência minha
em relação a tua.

(Da série: desengavetando os sentidos)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Uma terrível doença

Ele pintava com traços que beiram a loucura - a loucura de se estar vivo. Em sua obra permanece a loucura da vida, a emoção febril de viver e sentir que se vive. Suas cores fortes arrematam na minha alma um certo despertar de sonho e ao mesmo tempo inebriam de tal forma que me perco em cada traço de estrela ou fronte.

Quem sente o "horrível fardo do tempo" carrega nas costas e em todo corpo, a responsabilidade da hiper-sensibilidade, a terrível doença que pune a lucidez. Vicente de Gogh retirou sua orelha. Desconheço como... Sentir é realmente um dom do mal. Sentir realmente cobre o raciocínio e cega os sentidos.

O movimento das formas de seus quadros são estritamente belos e percebe-se o tonel emotivo colado em cada obra. A luzes do céu noturno é a essência dos andantes da madrugada. Elas estão desfocadas o sufiente para preencher o céu com lado irreal da vida.

Eis a versão noir do pintor, a propaganda avessa que existe hoje nas caixinhas de cigarro.
(van gogh, 1885-86, skull of skeleton with burning cigarette)

terça-feira, 3 de março de 2009

Aclimação do nunca do hoje

Nunca pensei que ouviria uma queda de uma árvore.
Hoje, eu ouvi.

Nunca pensei que todo um ecossistema pudesse ir pelo esgoto.
Hoje, Aclimação foi.

Nunca pensei aclamar por árvores ou parques.
Hoje, sinto assim.

Nunca pensei representar papéis.
Hoje, represento momentos.

Nunca pensei sobre histórias reais.
Hoje, as mais belas não fazem sentido.