Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Malvada

domingo, 16 de novembro de 2008

Chuck Norris disse, tá falado.

Subtamente o navio afunda des(perta)esperador.

Deitada boa parte da manhã na rede, no balançar de navios que só uma mão empurrando uma parede podia fazer. Depois de um miado insistente, como um choro de criança mimada, coloquei a gata no colo e lá ela ficou, em meio a uma manta cujas cores em nada combinavam com as da rede, um caderno magérrimo de tantas folhas arrancadas - como flor despedaçada - e uma caneta quase morta-viva, sem aquele botão que tanto irrita os mais neuróticos.

Quis levantar-me, ao menos virar as páginas... Mas fui tomada por uma grande onda de sono. Estava no oceano não estava? A rede era o barco e a dimensão onírica um grande mar profundo no qual eu apenas fechei os olhos e mergulhei profundamente.

Infelizmente, pequena mortal, acordou de súbito como se uma facada (Ginso) ferisse o casco do navio e o susto representasse um afogamento de desilusão: não passara de um sonho, e pior, eu não lembrava absolutamente de nada!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Saudades de Marilyn Monroe e da patinha-marmota do Bubu


e da sensação das 5 e meia da manhã, vendo o dia amanhecer ao lado de desconhecidos com o cheiro de "bom-dia-e-já-estou-cansado" e o olhar de igual ao do das 6 da tarde...

claustro(fobia) do pensamento

domingo, 9 de novembro de 2008

domingo, 2 de novembro de 2008

Estou pixando os muros da continuidade cíclica.

A humanidade é como um cupido que atingiu seu único objetivo e suicida-se com o pau na mão.
O mundo pega fogo, destrói-se na quina terrível do caos. Lixo, imundície, ganância. Frieza.
Cegueira. Somos todos cegos e apalpamos no escuro o que não é tátil: A esperança. Ontem e hoje todos os maridos voltam bêbados, nas madrugadas, pras suas esposas cheias de olheiras e pobrezas (infindáveis tristezas...). Os dois naquela solidão de bolha inquebrável. Centenas de humanos os cercam e mesmo assim abismos separam cada alma. Cada alma um abismo. Abismos cujo vácuo é único lacro. Mas ninguém abre, é vácuo. São vazios... preenchendo vazios...
E ainda assim, o que está cheio de vida são as sequóias. Enormes galhos, crescendo incessantemente enquanto burramente algum babaca liga a motoserra. Gritos.

sábado, 1 de novembro de 2008

baladas?

Perco o sono
na insonônia de quem anda
na madrugada que amanhece o tempo todo...
("A festa não acabou", diz meus pés)
(até meus pés são irônicos)

Minha maquilagem escorrida
esvai uma máscara fatal
-mente decaída

Já sinto o quanto.
E quanto mais um tanto,
Calo-me e nada sinto.
E sinto tanto.

Perco o sono
e a preguiça
e os olhos abertos
querem persistir...
dormindo...



...


eu podia ser um peixe?
ia ser menos estranho sonhar acordada


...
Quando era menina levava altas broncas por ficar, já no escuro, em cima do telhado. Ficava paquerando a Lua, lendo o "Diário de Anne Frank" e esboçava rabiscos em papéis de rascunho. Eu era precoce.
Agora, ainda vejo a mesma Lua, não subo mais em telhados, tenho medo do escuro, leio existencialistas, sou a velha do 71 (ontem foi dia das bruxas).
Sou o garrancho.