Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Zarpando ao lodo

Tudo está vivo, inteligível, desconhecido.
Deuses ainda sopram as bordas do mapa,
levando-nos pelos rios, afundando-nos nas ondas.

Zarpamos ossos dos barcos.
Cinzas azulam os olhos, pixelados em vitrines.
Suores noturnos, diurnos, inquietos valem poucos xelins.
Carrascos e imundos dinheiros perturbam o ócio.

Caimos da proa no azulejo frio, cheirando a crack.
E nada você enxerga.
A opacidade do ser egoísta é calar-se ao lodo,
rezando pra que Alah ainda cuspa em seu destino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por seu comentário.