Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Zéfiro

A espontaneidade do vento
na sobrancelha dela,
nos pêlos da perna dele.

Voam sem pressa e ficam presas
nos cabelos, as folhas
tiradas sem jeito no nó traçado pelo vento.

ZÉ, preFIROOOO
sua estadia singela sempre surpreendente.
Me abra os olhos,
deixa meu rosto gelado.
Quero teu abraço liberto de vontade
rápido como raio rasgando o céu.

Zé, firo tua brisa ao fechar a janela
ao tirar a música do frio, da varanda, da louça suja...
ao tirar o embaraço da cabeça
ao prender o que deve ser dito.

E o que falta, perde-se no echo da cornucópia
volta num bumerangue
pra sempre no instante eterno

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