Henri T. Lautrec

Henri T. Lautrec
Suzanne Valadon

sábado, 1 de novembro de 2008

baladas?

Perco o sono
na insonônia de quem anda
na madrugada que amanhece o tempo todo...
("A festa não acabou", diz meus pés)
(até meus pés são irônicos)

Minha maquilagem escorrida
esvai uma máscara fatal
-mente decaída

Já sinto o quanto.
E quanto mais um tanto,
Calo-me e nada sinto.
E sinto tanto.

Perco o sono
e a preguiça
e os olhos abertos
querem persistir...
dormindo...



...


eu podia ser um peixe?
ia ser menos estranho sonhar acordada


...
Quando era menina levava altas broncas por ficar, já no escuro, em cima do telhado. Ficava paquerando a Lua, lendo o "Diário de Anne Frank" e esboçava rabiscos em papéis de rascunho. Eu era precoce.
Agora, ainda vejo a mesma Lua, não subo mais em telhados, tenho medo do escuro, leio existencialistas, sou a velha do 71 (ontem foi dia das bruxas).
Sou o garrancho.

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